Na Rota da Inovação por Marcio Levorato Junior. Reflexão imperdível aqui no Blog pra você!!!!

Somos todos testemunhas de um novo ciclo da humanidade e se faz necessário nos adaptarmos ao novo tempo. Nos Estados Unidos, a Amazon já tem entregas de encomendas por drones; o Uber tem revolucionado o mercado de transporte de passageiros; a Netflix tem mais filmes e séries em seu portfólio do que qualquer locadora física jamais sonhou em ter; impressoras 3D têm impresso não apenas casas e objetos, mas também tecidos humanos com uma precisão incrível; carros estão sendo guiados sem motorista, com sensores de proximidade e GPS integrados; a Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada atingiu um patamar que revolucionará toda a indústria; carros solares e elétricos prometem inutilizar os combustíveis fósseis; a Wikipedia tornou a indústria de enciclopédias obsoleta, por mais estruturada que pudesse estar. Em toda a história da humanidade, os progressos científicos jamais tiveram a velocidade que têm hoje.


Do outro lado, temos uma classe estabilizada que luta com as ferramentas que têm para evitar o avanço das novas tecnologias. Tomemos por exemplo a indústria das fotografias: Antigamente era preciso se ter uma máquina fotográfica, comprar um filme fotográfico, bater as fotos sem saber se ficaram boas ou ruins, ir até uma um local e pagar pela sua revelação, mesmo as que saíram borradas, tremidas e sem foco, além da perda da privacidade, já que a pessoa que as revelava as via e, caso não tivesse caráter, podia até mesmo tirar uma cópia para si. Por mais que a grande indústria de fotografia tenha lutado para evitar o avanço da fotografia digital, nada pode fazer. Hoje, qualquer pessoa comum, até mesmo com um salário baixo, pode carregar em seu bolso uma ferramenta que não apenas tira melhores fotos do que a desta época, mas também pode fazer ligações, gravar vídeos, mandar mensagens de texto, compartilhar conteúdo instantaneamente com amigos e familiares separados por quilômetros e quilômetros de distância. 


Em nosso país, estamos passando por uma destas mudanças onde, de um lado, temos uma indústria poderosa sendo paulatinamente desconstruída, enquanto, do outro, temos um mercado que chegou para ficar. Num passado não muito distante, o meio primário de informação do cidadão comum era o Jornal Nacional e os grandes jornais, como Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Alguns iam além e também liam revistas como a Veja, Isto É e outras da editora Abril. Os grandes meios de comunicação foram, por longos anos, tidos como um quarto poder governamental, podiam eleger políticos de sua preferência, mudar a cultura e inserir novos valores na sociedade, fazendo uso de seu grande poder de máquina publicitária praticamente monopolizada. 

Acontece que a internet trouxe o acesso a um novo tipo de conteúdo: Dia após dia os canais comuns perdem audiência para as mídias sociais e os novos “canais”, como o Netflix e YouTube. A nova geração de televisores, as Smart TVs, é munida de aplicativos que jogam os canais comuns para escanteio. Além disso, segundo pesquisas recentes da 29ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), o Brasil superou a marca de um smartphone por habitante. Qualquer aparelho destes, mesmo os mais simples, pode ter instalado em si o WhatsApp e o YouTube. 

O resultado desta mudança tecnológica é evidente. A grande mídia esperneia, perde assinaturas e audiência, perde verbas publicitárias, que têm migrado para os novos canais. Temos notícia de diversos grandes jornais inclusive entrando em recuperação judicial. A forma mais clara da perda de poder da grande mídia foi a eleição do novo presidente, contando com poucos segundos do horário eleitoral na TV. Como disse Charles Darwin, “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. 

Não sabemos ao certo quando estas mudanças se firmarão de fato, todavia, a certeza é de que estamos na rota da sua concretização. Quem não se adapta está destinado a um malfadado fim, esperneio, a profetizar o cataclisma. O tempo passa e o fim dos tempos não chega, apenas inicia-se um novo ciclo. Lembremos de que, historicamente, já tivemos revoltas contra a vacina, contra as máquinas e contra a popularização da televisão. Novos tempos chegam, independentemente de nossa vontade. 


Marcio Levorato Júnior
Diretor Administrativo Marcius Magazine

Comentários

  1. Parabéns pela inspiração e pela coragem de seguir as tendências de novos tempos.

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