conheça mais sobre o psicanalista Dr. Sergio
Saúde
da Mente - Angústia
Era um dia de semana e eu estava
acompanhando a minha avó por parte de pai que estava hospitalizada. Minha idade
aludia por 10 ou 12 anos (tenho hoje 58), não lembro. A diabetes em alta
contagem e uma tosse que a trazia para um processo sofrível.
O médico entrou e minha avó, em um
espanhol mesclado com português, (oportunidade na vida que perdi, pois poderia
ser fluente em espanhol hoje), dizia sem parar que estava com uma ANGÚSTIA enorme
no peito; o médico naquele momento disse: - Senhora; não entendo o que seja angústia,
seja mais direta.
Impossível ser direto quando se
trata de um sentimento, e a angústia existe. Quando eu comecei a escrever este
texto deparei-me com muitas angústias. Será que vou fazer um texto que agrade o
publico? Tenho o efetivo domínio daquilo que vou escrever? A angústia surge em
todos nós que vamos desenvolver um trabalho novo e com um potencial
intimidador.
Sob a ótica da psicanálise, que é
por onde esta coluna ira pautar os assuntos; escreve o psicanalista inglês
Robert Hinshelwood: “A história da psicanálise tem-se caracterizado pela
tentativa de entender a angústia fundamental da condição humana”. Portanto o
homem é um ser que tem entre muitos atributos, a angústia.
Freud – o pai da psicanálise – descreve
como um sinal de angústia, não somente como uma tensão pulsional conflituosa. A
ideia psicanalítica clássica de que a angústia é um sinal ou aviso de que algo
terrível está para acontecer, de modo que é melhor fazer alguma coisa bem
rápido se desejamos continuar sobrevivendo física e mentalmente.
Angústia vem do latim –angor, que
quer dizer ‘angustura, estreitamento, apertamento’. Isso que Freud coloca como
um sinal, um apertamento, algo que estreita e irradia pelo corpo todo.
Invariavelmente a pessoa sob o sintoma de uma forte angústia leva as mãos ao
peito, como se lhe faltasse ar. Esses sinais são avisos assimilados,
aprendidos, em experiências anteriores que foram ruins, desagradáveis ou
traumáticos, e buscamos esse sentimento como um instrumento de defesa a fim de
evitá-los.
“O desamparo total da criança pequena por um período relativamente longo
significa que os perigos do mundo exterior têm uma importância muito maior para
ela,(...) que acompanhará a criança pelo resto da vida” Freud.
Isso vem nos dizer, de uma forma ou
de outra, com grau leve ou mais acentuado, que todos nós estamos sujeitos a
termos em nossa existência momentos de angústia. Algumas angústias mais
profundas podem traduzir-se em fobias.
Falaremos mais nas
próximas semanas.
Psicólogo –
Psicanalista
(16) 99761-6836 ou (14)
99679-1556 – s.aguilera-psico@hotmail.com
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